Ideias pode trazer de volta fábricas que deixaram o DF
André Giusti
O governador Rodrigo Rollember determinou que a Secretaria de Economia e Desenvolvimento Sustentável dê prioridade nos próximos dias à reativação do Programa Ideias, criado em 2013, mas que praticamente não rendeu frutos para o desenvolvimento econômico. É que da mesma forma que pretende fazer com o comércio, o Governo de Brasília vai oferecer crédito e financiamento para fortalecer a indústria do Distrito Federal, ajudando a manter as que já estão instaladas aqui e atrair outras que quiserem fabricar seus produtos junto à capital do país.
O Programa Ideiais já está recebendo ajustes para que seja anunciado brevemente em portaria conjunta assinada pela SEDES e pela secretaria de Fazenda. O subsecretário de Apoio às Áreas de Desenvolvimento Econômico, Luiz Fernando Megda, explica que com uma alteração feita no final do ano passado na lei que criou o Ideais, ele irá funcionar nos mesmos moldes do Fide, “facilitando inclusive operações de importação da indústria”, ressalta o subsecretário. Segundo Megda, essas regras permitirão que o empresário da indústria pague o financiamento de maneira facilitada por intermédio de operações do BRB, que assim como no Fide será o agente financeiro do Ideias. O dinheiro, também a exemplo do Fide, sairá do Fundef, o Fundo de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal.
O subsecretário adianta que o número de indústrias atraídas pelo Ideias será naturalmente menor do que o de empresas interessadas no Fide, mas assegura que isso é normal, devido ao próprio porte do negócio e ao número de indústrias. “É uma forma de a gente ir lá fora e mostrar: olha, nós temos isso aqui pra te oferecer. Porque hoje é assim, o estado leva para a indústria o portfólio do que ele tem pra oferecer”, explica Luiz Fernando Megda, deixando claro que a intenção do Governo de Brasília é mesmo trazer para o DF indústrias que procuram local para se instalar ou ampliar a produção. Otimista, Megda acredita que o DF poderá ainda trazer de volta empresas que produziam aqui, mas que devido à falta de incentivo e financiamento fecharam a fábrica e mantiveram, no máximo, o setor de distribuição.